segunda-feira, 30 de junho de 2008

Audiência Pública - Assembléia Legislativa - 03/Junho

Diferente da audiência anterior, o metrô enviou seu presidente, Sr. José Jorge Fagali e o diretor corporativo Sr. Sérgio Henrique Avelleda, para que pudessem trazer justificativas e explicações aos presentes.
Após apresentações e posições dos deputados e vereadores presentes, foi dada a possibilidade que os presentes se manifestassem sobre o projeto.
Praticamente, a totalidade dos presentes continua sendo de lojistas, empregados e proprietários da área em desapropriação da Av. Adolfo Pinheiro, cujo principal questionamento é entender os motivos que levaram o metrô a alterar o trajeto e plano inicial, que previa uma estação de metrô Paulo Eiró, sem a necessidade de desapropriar a Galeria Comercial Borba Gato, colocando cerca de 10.000 pessoas desempregadas. Questionam também, a razão da estação do metrô não poder ser deslocada em 200 metros para um terreno próximo, sem a necessidade de ocorrer tais desapropriações.
Também foi colocado em observação, as suspeitas de especulação imobiliária que ocorre após o conclusão das obras, onde os terrenos são vendidos para grandes incorporações e shoppings centers, tirando-se de quem tem hoje e dando para outro no futuro.
Para Campo Belo foi dito o seguinte:
Teremos coincidentemente em 2.010, um ano eleitoral, a entrega de um trecho da linha lilás do metrô, cujo objetivo difere da principal razão de existir o metrô. Quando pensamos em metrô, pensamos em um meio de transporte rápido e eficiente para levar as pessoas de suas casas para o trabalho ou centro da cidade, e no entanto o que vamos ter é um metrô tirando as pessoas de suas casas em Capão Redondo, Santo Amaro, etc e jogando em Campo Belo, para que possam através de ônibus dar continuidade em suas viagens. Quem dos presentes será um futuro usuário dessa linha do metrô, sabendo que terão que subir e descer após duas ou três estações para continuidade da viagem? Porque o metrô omite a informação da construção do terminal de ônibus? Quais foram os projetos de impacto ambiental realizados, de forma que seja verificado a capacidade de Campo Belo receber 90.000 pessoas de uma hora para outra?
Todos sabem do benefício de ter uma estação de metrô próxima a casa, assim como todos sabem da degradação que traz um terminal de ônibus, portanto em nome dos moradores de Campo Belo e Brooklin, deixo desde já o protesto e indignação em relação a construção do terminal de ônibus
”.
Com certeza, temos uma luta difícil pela frente, mas acredito que tenha sido um primeiro passo para que os representantes legais do metrô tenham a idéia exata de nossa preocupação e vejam desde já, ter o conhecimento que também terão problemas quando o assunto principal for a estação Campo Belo.

Tranquilidade Ameaçada


Rua Pascal - Tranquilidade ameaça pelas obras do Metrô. A idéia do metrô é transformar essa rua em ligação direta ao aeroporto, ignorando a Av. Roberto Marinho como corredor natural de acesso ao Aeroporto e futuramente a Rod. dos Imigrantes.

CASO CITY LAPA - Um sinal de esperança

No dia 29 de Maio, o caderno Metrópole do jornal "O Estado de S.Paulo" publica matéria onde uma alça do viaduto do complexo Anhanguera, foi desviado por pressão dos moradores. O Ministério Público apura que a obra não previa o impacto na vizinhança. Esse caso nos deu esperança, pois é muito semelhante com o que vem ocorrendo com a linha Lilás do Metrô. Não há até o momento uma Análise de Risco para que os acidentes e problemas ocorridos na linha Amarela não repitam-se na linha Lilás, além de não haver nenhuma consulta aos moradores de Campo Belo e Brooklin. As ruas tranquilas e estreitas do bairro também não comportam uma quantidade expressiva de ônibus e mais de 20.000 pessoas por dia.
Texto jornal O Estado de São Paulo - 29/Maio:
De tanto fazer pressão na Prefeitura, um grupo de moradores do City Lapa, bairro de casas de alto padrão na zona oeste, conseguiu alterar um trecho do futuro Complexo Anhanguera - novo "Cebolão" para a Marginal do Rio Tietê que ficará pronto em 2.010 e custará 270 milhões. Um viaduto que cairia dentro das ruas tranquilas e silenciosas do City Lapa foi retirado do projeto nas últimas semanas. O problema é que um novo acesso acabou sendo desenhado para o bairro vizinho da Vila Anastácio. Depois da fúria dos moradores, a construção passa agora a ser centro das atenções do Ministério Público Estadual, que vai investigar como uma obra dessa magnitude não está levando em conta os impactos na vizinhança. Iniciado no mês passado, o projeto previa a construção de três acessos, entre a Ponte Atílio Fontana, na Marginal do Tietê, e o Km 19 da Via Anhanguera, em Osasco, na Grande São Paulo. O primeiro acesso será entre a Marginal do Tietê e a pista sentido interior da Anhanguera. A segunda alça fará a ligação da pista sentido capital da Anhanguera com a Marginal. E o terceiro e mais polêmico trecho iria ligar o bairro do City Lapa à pista interior. A intenção da Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), órgão ligado ao governo do Estado, é reduzir os congestionamentos nas principais saídas da rodovia no trecho da Grande São Paulo.
45 TONELADAS
O detalhe é que ninguem checou com os moradores como seria o dia-a-dia do City Lapa com caminhões de 45 toneladas passando pelas vias pequenas dessa região.
Com a ajuda da subprefeita da Lapa, Luiza Nagib Eluf, que também mora no City Lapa, representantes da Associação de Amigos e Moradores pela preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba) acionaram o Ministério Público, a Artesp e a Prefeitura para tentar apagar o viaduto do papel. "Tenho a impressão de quem criou o projeto desconhecia o local e não fez estudo detalhado do impacto no transito na região", diz Luiza Nagib Eluf. O Estado apurou que foi a propria Companhia de engenharia de Tráfego (CET) quem pediu para a Artesp construir o viaduto no City Lapa para desafogar o trânsito da Marginal do Tietê.
De acordo com o presidente da Assampalba, Roberto Rolnik Cardoso, esse viaduto iria desembocar em uma área cujo tombamento está sendo estudado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de S.Paulo (Condenphaat). "Nao dava para o bairro absorver todo esse tráfego de caminhões, era inviável" diz Cardoso. "Procuramos todas as instâncias para poder barrar a obra, e graças a Deus conseguimos mudá-la."
NOVO TRAÇADO
O Ministério Público já instaurou inquérito para apurar a denúncia de que não houve um novo estudo de impacto no bairro. A Promotoria de Habitação e Urbanismo também vai investigar se a obra ficará mais cara ou barata, por causa da pressão da associação dos moradores do City Lapa. "É preciso sempre em casos como esse preservar a habitabilidade da cidade" diz a subprefeita Luiza Nagib Eluf. "Não dá para achar que toda a cidade tem de ser industrial e ter de conviver com o tráfego pesado".

Segundo Aviso aos Condomínios

No dia 28/Maio, distribuimos um novo comunicado, informando a criação do e-mail para contato: metrocampobelo@uol.com.br além de um resumo da audiência realizada na Camara dos Deputados, na qual o Metrô não encaminhou nenhum representante.

A seguir, o texto do segundo comunicado:

S. Paulo, 28 de Maio de 2008.


REF: TERMINAL DE ÔNIBUS / METRÔ CAMPO BELO


Sr (a). Síndico (a) / Morador (a),

Na semana passada, dia 21/Maio, ocorreu audiência pública, na qual o metrô não enviou nenhum representante para esclarecimento das dúvidas e apresentação do projeto final. A maioria dos presentes, era de lojistas e funcionários da galeria comercial Borba Gato, que fica próxima à Santa Casa e ao Largo 13 de Maio, que tem seus empregos ameaçados pela desapropriação que irá ocorrer naquele local.

Para Campo Belo, as perspectivas também não são as melhores, a desapropriação de uma área comercial entre as Ruas Vieira de Moraes / Guararapes X Jesuíno Maciel / Padre Antonio e instalação de um terminal de ônibus para que as pessoas provenientes das demais estações possam continuar a viagem por ônibus até a estação mais próxima do metrô ou outros pontos da cidade e aeroporto.

Vale ressaltar que a linha Lilás terá seu término no Campo Belo previsto para 2.010 e segundo informações no próprio site do metro (http://www.metro.sp.gov.br/) estima-se uma população de 23.000 pessoas no horário de pico nas estações Capão Redondo e Santo Amaro, que fatalmente irá refletir em Campo Belo, justamente pelo fato dessa estação ser a final da linha Lilás (até que o metrô continue seu trajeto para Chácara Klabin, que nas melhores das expectativas acontece somente em 2.015).

Portanto, nesse momento procuramos unir esforços junto aos moradores e associações dos bairros de Campo Belo, Brooklin e Sto. Amaro, procurando alternativas para que esse terminal não seja instalado na região, o que com certeza trará a degradação do bairro e expectativas preocupantes com segurança, sossego e condições de transito.

Caso tenha interesse em continuar recebendo informações referentes ao nosso movimento de pedido de suspensão de desapropriações e da construção do terminal de ônibus Campo Belo, assim como, manter informados aos demais moradores de seu condomínio, pedimos que mantenham contato através do e-mail metrocampobelo@uol.com.br, informando o nome do condomínio, endereço e nome para contato.

Toda informação a partir desta data será somente através de e-mail.

Agradecemos desde já a sua importante participação

Aviso Primeira Audiência

Após dias sem termos nenhuma notícia oficial sobre o projeto do metrô e no meio de tantas informações desencontradas, fomos notificados de uma audiência agendada para o dia 21/Maio na Camara Municipal, automaticamente passamos a informação para os demais condomínios da região. Em alguns casos, essa foi a primeira notícia que se teve sobre as intenções do Metrô e seu projeto do Terminal de ônibus. Abaixo reproduzimos o comunicado distribuído nos bairros de Campo Belo e Brooklin.

S. Paulo, 19 de Maio de 2008.


REF.: TERMINAL DE ÔNIBUS – CAMPO BELO


Sr. Síndico,

Como já deve ser de seu conhecimento, o projeto da linha Lilás do metrô de S.Paulo, prevê a instalação de uma de suas estações em Campo Belo, mais precisamente entre as ruas Vieira de Moraes e Jesuíno Maciel.

O que não tem se falado nesse projeto, é que acompanhado da estação de metrô, a região também receberia um “Terminal de ônibus”, no local que hoje existe a loja de tapetes “Carpetão” e o Hortifruti Natural da Terra.

De acordo com o projeto do Metrô, essa estação seria necessária, uma vez que o metrô que vem de Capão Redondo, não teria ainda como continuar seu trajeto até a estação final Chácara Klabin, e por essa razão, as pessoas provenientes das demais estações (Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi, Sto. Amaro, Largo 13 de Maio, etc) teriam que descer na estação final Campo Belo e prosseguir suas viagens de ônibus até uma estação de metrô mais próxima ou na continuidade para o terminal Bandeira e outros pontos do centro da cidade.

Cabe lembrar, que a possibilidade de transferir esse terminal de ônibus para as esquinas da Av. Roberto Marinho com Sto. Amaro, foram descartadas, pois no local cogita-se a construção de um viaduto sobre a Av. Roberto Marinho (antiga Águas Espraiadas).

Com isso, significa transferir para a região, o movimento que é registrado nas estações de Guarapiranga, Largo 13 de Maio e Sto. Amaro, trazendo consequentemente o caos, falta de segurança e desvalorização de nosso patrimônio.

Para que isso não aconteça, sua participação e divulgação aos demais moradores de seu condomínio é fundamental.

Nessa próxima quarta-feira – dia 21/Maio – haverá uma audiência pública, agendada para as 11hs30minutos, na Câmara Municipal – Viaduto Jacareí, nro. 100 - Salão Nobre – 8 andar, justamente para que os cidadãos como nós, possamos nos manifestar sobre esse projeto.

A participação nessa audiência é uma excelente oportunidade para que possamos participar ativamente nesse início de discussão e não vermos de braços cruzados o começo da degradação do Bairro com a instalação desse terminal de ônibus.

Agradeço desde já pela atenção e contamos com sua participação e divulgação.

Área entre Guararapes e Indiana. Da mesma forma, todas as casas e pontos comerciais que aparecem na foto (limite da agência do Banco HSBC) serão desapropriados. Inclui o Hortifruti Natural da Terra e seu respectivo estacionamento.

CANTEIRO DE OBRAS - A área fotografada mostra aonde será o futuro canteiro de obras para as estações Campo Belo e Shop. Ibirapuera. Inúmeras quadras dessa área, considerada zona zero - extritamente residencial - serão desapropriadas. O estranho é que o terreno que aparece vazio na foto, onde será construido um futuro condomínio de casas, não faz parte das desapropriações. O Metrô nesse caso, preferiu desapropriar as quadras habitáveis, onerando os custos com desapropriações. Pode-se imaginar quanto essas quadras irão valer no futuro para outros condomínios residenciais?

Área escolhida pelo Metrô para instalação de Terminal de Ônibus e estação metrô Campo Belo. O "tatuzão" passará por baixo ou muito próximo a edifícios de mais de 30 andares.

Área prevista para instalação do futuro terminal de ônibus e estação Campo Belo. Segundo o projeto, todos os imóveis que aparecem na foto, incluindo o prédio de quatro andares (esquina do lado superior direito da tela) serão desapropriados.

Primeira publicação a respeito da Estação Metrô Campo Belo

Matéria publicada no Jornal "O Estado de São Paulo"

ONG DO CAMPO BELO SE MOBILIZA CONTRA METRÔ

Companhia quer desapropriar área residencial e construir terminal de ônibus para integração



"Enquanto o Metrô festeja ontem 40 anos de fundação da companhia, o Movimento de Moradores do Campo Belo (MoviBelo), bairro vizinho à nova linha, já se preocupa com a desapropriação que ocorrerá na região para a construção da estação local da extensão da linha 5 - Lilás. O edital relacionando os imóveis que terão de ser desocupados deve ser publicado nos próximos dias.

O MoviBelo já conhece a localização provável da estação, divulgada pelo Metrô em uma audiência pública que ocorreu na região: ela deverá ficar na Av. Sto. Amaro, entre as ruas Doutor Jseuíno Maciel e Vieira de Moraes. Na área, há um supermercado, lojas e algumas casas e edifícios residenciais. Ao lado, pelo pré-projeto, ficaria um terminal de ônibus, que faria a integração com os coletivos que seguem pelo corredor da Avenida Santo Amaro.

Juntamente com a estação Adolfo Pinheiro, que vai requerer a desapropriação de 141 imóveis na região do Largo 13 de Maio, a estação Campo Belo deve, pela promessa do governo do Estado, estar pronta até 2.010. As duas fazem parte da primeira etapa de expansão da Linha 5- Lilás.

O presidente do MoviBelo, Antonio Cunha Nascimento, aponta que pode haver problemas de tráfego e descaracterização na região, se a estação não for mudada. - Haverá um tráfego segregado da Vieira de Moraes e na Jesuíno. Além disso, pessoas que virão da zona sul terão que desembarcar no Campo Belo para seguir em direção ao centro, de ônibus -.

Depois de Campo Belo, o traçado da Linha 5 deverá fazer uma curva, seguindo em direção a Avenida Ibirapuera, no sentido da estação final, Chacará Klabin, que será inaugurada em 2.014. "Não somos contra o metrô, pelo contrário, mas falta planejamento", diz Nascimento. Ele pretende procurar os comerciantes do Largo 13, que vêm realizando protestos contra a estação no local, para -unir forças-. "Vamos ver o que conseguimos, na justiça", diz. "