quinta-feira, 24 de julho de 2008

DESGASTES E PROBLEMAS EM TRECHO CURVO


Ao analisar as linhas do Metrô, em São Paulo e outras cidades importantes do Mundo, verificamos que com poucas excessões, as linhas sempre seguem um traçado reto e isso não é por acaso.

Para a linha Lilás, além dos problemas e incoerências que este Blog vem informando, verificamos que o traçado que poderia seguir em linha reta pela Av. Vereador José Diniz (e o que era de conhecimento durante anos) foi mudado sem qualquer explicação, criando uma "alça" pela Av. Santo Amaro, para depois voltar novamente para a Av. Ibirapuera que é continuação natural da Av. Vereador José Diniz.

Essa mudança de traçado cria trechos em curva, o que tecnicamente não é aconselhável.

A curva acentuada prevista no projeto, a exemplo da que existe na linha norte-sul, entre as estações Armênia e Tietê, imposta para transferir a linha da Av. Tiradentes para a Av. Cruzeiro do Sul, acarreta atrito excessivo dos flanges das rodas contra os trilhos, com as seguintes consequências:

1. Alto nível de ruído

2. Desgaste elevado de rodas e trilhos, exigindo frequente reposição dessas peças

3. Abreviação da vida útil dos mancais de rolamento - peças de custo elevado

4. Geração "gratuita" de calor, com perda de eficiência energética e aquecimento ambiental, contrariando o que divulga o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC em Inglês)

5. Solicitação anormal das articulações entre vagões, ainda mais em se tratando de trecho de aceleração - logo após uma parada.


Como resultado final, a existência do trecho curvo aumentará consideravelmente o custo operacional do serviço, além de introduzir danos irreparáveis ao meio ambiente. Desta forma, com a retificação do trecho ou o aumento considerável do raio da curva, que seria conseguido com o traçado alternativo pela Av. Vereador José Diniz, seriam reduzidos drasticamente esses impactos.